Compressão e conversão dos formatos áudio e vídeo

 

ÍNDICE

1. O áudio e o vídeo digital

1.1. O áudio

1.2. O vídeo

1.3. Os codecs

2. Compressão e conversão áudio

2.1. Conversão entre todos os formatos

2.2. Conversão em formato mp3PRO

2.3. Extracção e conversão das pistas de um CD Áudio

2.4. Compressão áudio para o vídeo MPEG

2.5. Extracção e conversão de vídeos MPEG

3. Compressão e conversão vídeo

3.1. Comprimir um vídeo em Divx

3.2. Comprimir um vídeo em MPEG

3.3. Extrair um vídeo de um CD Vídeo

3.4. Extrair um vídeo de um DVD Vídeo

3.5. Converter um DVD Vídeo em Divx

3.6. Converter um DVD Vídeo em CD Vídeo

 

1. O áudio e o vídeo digital

 

     MP3, WMA, OGG, DIVX, MPEG… são tantas as designações que invadiram o mundo do multimédia. Por detrás desses nomes bárbaros existe todo um processo de compressão áudio e vídeo cujo o mesmo objectivo é reproduzir fielmente um sinal vídeo e áudio reduzindo ao máximo o tamanho dos ficheiros. h

 

1.1. O áudio

- Digitalização do som

O computador só trata dados digitais. Mas o mundo em que vivemos é analógico, tudo evolui de forma contínua. Para ser tratado, o som deve ser adaptado ao mundo digital dos computadores. A digitalização consiste em fazer a captura do som, por intervalos, e de lhes atribuir um valor digital. Este processo é realizado por um conversor analógico/digital, geralmente pela placa de som.

- A frequência sonora

A frequência sonora indica o número de vezes por segundo em que o nível do sinal é recolhido. Maior for a frequência, mais fielmente será reproduzido o som. Essa frequência exprime-se em Hertz (Hz) ou em quilo hertz (KHz).

As frequências mais vulgares são as de 32Khz, 44,1Khz (CD Áudio, CD Vídeo) e 48Khz (DVD Vídeo). Mas há tendência para aparecer frequências mais elevadas, de 92 ou até mesmo 192Khz.

- A resolução

A resolução indica o valor em que uma amostra é representada. Exprime-se em bits. Maior for a resolução, maior será o número de valores representáveis, o que diminui o risco de erros de arredondamento.

Uma resolução de 8 bits permite representar 256 valores, o que é muito fraco para representar um som. A maior parte dos formatos utilizam uma resolução de 16 bits (o CD Áudio por exemplo) podendo representar mais de 65000 valores. Formatos profissionais aplicam uma resolução de 24 bits.

                    - Os formatos (ver anexo n.º 1) h

1.2. O vídeo

- Os pixels

Uma imagem vídeo digital é formada por pontos luminosos, os pixels, organizados em linhas e em colunas. Cada um dos pixels é codificado com vista à identificação da sua cor.

- Sistemas de cor

Existe a codificação VVA (em português Vermelho, Verde e Azul), RGB (em inglês Red, Green, Blue) ou RVB (em francês Rouge, Vert, Bleu) que permite codificar cada pixel em função das quantidades de cor vermelha, verde e azul. No entanto, há outro meio de representar cada ponto colorido de uma imagem e particularmente das imagens vídeo, o YUV. Y representa a luminosidade, o U e o V representando a cor vermelha e azul. Este sistema de codificação está melhor adaptado ao vídeo que o RGB, na medida em que tira partido das características da visão humana. O nosso olho é mais sensível às mudanças de luminosidade do que às mudanças de cor. Por isso, é a codificação YUV a mais usada no mundo do vídeo.

- O sinal de vídeo

Para além da luz e da cor de cada pixel da imagem, é importante determinar igualmente o tamanho da imagem vídeo (número de pixels que a compõe) e a frequência com que a imagem aparece no ecrã (por segundo).

Na televisão, o vídeo é entrelaçado, ou seja, cada imagem é composta por duas mini imagens entrelaçadas que serão separadas antes do aparecimento consecutivo no ecrã. No computador (e também no cinema) o vídeo é progressivo, ou seja, a imagem aparece linha por linha, da esquerda para a direita, de cima para baixo, pela iluminação de cada pixel.

- O aspecto

Existe também o formato de cinema, o 1.85:1 e o 2.35:1. O formato de televisão é de 4/3 (para uma largura de 4, a altura será de 3) ou 1.33:1 (a largura é 1,33 vezes superior à altura do ecrã). Também há o formato 16/9 ou o 1.77:1 que se aproxima do formato de cinema, mas nem todas as televisões estão equipadas com este sistema.

- O débito

Quando um vídeo é comprimido, há uma preocupação em relação a dois critérios: a qualidade e o tamanho. Conjugar essas duas coisas é extremamente difícil, porque maior for a qualidade, maior será o tamanho.

- Os formatos (ver anexo n.º 2) h

1.3. Os codecs

Os codecs dedicam-se à compressão num formato áudio ou vídeo. Podem ser a especificidade de um programa ou ser usados por vários.

Para ver quais os codecs que estão instalados, clica-se em Som e Periféricos Áudio no Painel de Controlo. Selecciona-se Codecs Áudio na lista dos periféricos do Material. Clica-se por fim em Propriedades para ver a lista dos codecs instalados.

Para os codecs vídeo, volta-se atrás e selecciona-se Codecs vídeo na lista dos periféricos. Depois, clica-se em Propriedades.

Para instalar novos codecs, o sítio oficial do DIVX propõe vários em www.divx.com (em inglês). h

 

2. Compressão e conversão áudio

 

2.1. Conversão entre todos os formatos

Havendo um grande número de formatos e para evitar de ter de mudar de programa em função do tipo de ficheiro a tratar, o melhor será usar o dBpowerAMP Music Converter (dMC).

Para converter os ficheiros musicais, basta seleccioná-los no Explorador do Windows com o botão direito do rato e clicar em Convert To para escolher o formato áudio pretendido. Depois de escolhido o formato, o dMC permite configurar os parâmetros da conversão. Há possibilidade de renomear os ficheiros, de escolher o repertório de destino em Output to (em Rename files) e de optimizar o volume (seleccionando Volume Normalize) (ver Apêndice n.º 1).

Na escolha do formato de compressão aparecem alguns parâmetros específicos como as características do sinal áudio (frequência) em KHz, a resolução em bits e o modo de escuta Mono ou Estéreo

Na conversão em formato Wave, pode-se seleccionar o codec (em Change Format) ou escolher o formato com características compatíveis com o CD Áudio (em To CD Quality) (ver Apêndice n.º 2).

Na conversão em formato mp3, a escolha da compressão em CBR (Constant Bit Rate) aumenta a velocidade de codificação. A escolha do débito é importante, pois 128Kbps é considerado uma qualidade razoável, 160Kbps boa e 192Kps muito próxima da qualidade do CD Áudio. Mas maior for o débito, maior será o tamanho do ficheiro. Se a escolha de compressão for em modo VBR (Variable Bit Rate), demorará mais tempo mas a qualidade será melhor. É preciso no entanto fixar um débito mínimo e um máximo, 96Kbps e 256Kps por exemplo (ver Apêndice n.º 3).

Na conversão em formato WMA, basta apenas seleccionar a frequência de 44100Hz. Não se deve escolher a opção Protect.

Depois de tudo isso, é só lançar a conversão. h

2.2. Conversão em formato mp3PRO

O formato mp3PRO permite com uma qualidade equivalente ao mp3 obter ficheiros com um tamanho mais pequeno. Por ser recente, são poucos os programas que codificam em mp3PRO. Um deles é o Thomson mp3PROPlayer.

No Explorador do Windows, selecciona-se com o botão direito do rato o ficheiro Wave a converter, e clica-se em Encode to mp3PRO (ver Apêndice n.º 4). Outra possibilidade é abrir directamente o programa, seleccionar o botão Encode e clicar na rubrica Input para procurar os ficheiros Wave do computador. Depois de seleccionar o repertório de destino, é preciso verificar os parâmetros das opções. Um débito de 64Kbps corresponde mais ou menos a 112Kbps num ficheiro mp3 codificado. Selecciona-se Allow Intensity Stereo e Extra High Quality e por fim ENCODE (ver Apêndice n.º 5).

Se é possível comprimir o ficheiro Wave em mp3PRO, o contrário também o é. Depois de lançar o programa, selecciona-se o ficheiro em select, clica-se com o botão direito do rato na janela do leitor, vai-se a Write Decoded PCM File, Select Output File para escolher o repertório de destino e por fim clica-se em GRAVAR (ver Apêndice n.º 6).

Todas essas operações são possíveis no Nero Burning Rom, em Extras – Ficheiro de Codificação. h

2.3. Extracção e conversão das pistas de um CD Áudio

O processo permite extrair as pistas de um CD Áudio (extensão .cda) e de as converter em ficheiros áudios. Pode-se extrai-las sem efectuar compressão em Wave PCM (WAV) com vista a poder voltar a gravar os ficheiros num CD Áudio sem perda de qualidade ou então comprimi-las em mp3, Windows Media Audio (WMA), Ogg Vorbis (OGG), Twin VQ (VQF), etc.

Uma alternativa será comprimir as pistas áudio no formato Monkey’s Audio (APE), que guarda a qualidade tal e qual do CD reduzindo o tamanho do ficheiro em cerca de 30 a 40 por cento. O programa escolhido será o módulo Audio CD Input, fornecido com o programa dBPowerAMP Music Converter (dMC).

Inicia-se o dMC Audio CD Input e insere-se o CD Áudio no leitor de CD. Os títulos das músicas podem ser recuperados na Internet no ícone freedb ou então escreve-se manualmente o título de cada uma das pistas. Pode-se enriquecer a base de dados da freedb clicando em Submit to Freedb. Depois, é só seleccionar as pistas e escolher o formato de conversão em Rip To (ver Apêndice n.º 7). O processo acaba por ser o mesmo do que a conversão entre todos os formatos (ver 2.1.). h

2.4. Compressão áudio para o vídeo MPEG

Para criar uma banda sonora para um vídeo codificado no formato MPEG, o formato do ficheiro áudio terá de ser MP2 (MPEG-1 Audio Layer 2). TMPGEnc é a ferramenta ideal para realizar esta tarefa.

Depois de o programa arrancar, inicia-se o projecto (New Project) e selecciona-se o ficheiro áudio em Browse, na linha Audio Source. De seguida, escolhe-se a opção Audio only em Stream type e Setting para a configuração. O ideal será uma frequência de 44100, Estéreo e com um débito de 224Kbits por segundo. Depois de seleccionar a opção Error protection, clica-se em Ok e Start (ver Apêndice n.º 8). h

2.5. Extracção e conversão de vídeos MPEG

Para extrair o som de um DVD Vídeo, o programa mais indicado será o DVD2AVI. Para o SVCD, clica-se em Open no menu File, e selecciona-se o ficheiro vídeo (ver Apêndice n.º 9). Depois, no menu Áudio, escolhe-se o número da pista e o formato (Channel Format) que deverá ser Auto Select. Ainda no menu Áudio, clica-se em MPEG Áudio e Demux (ver Apêndice n.º 10).

Para o DVD Vídeo, existem vários ficheiros com a extensão .vob, na pasta VÍDEO_TS. Clica-se em Open no menu File e selecciona-se o ficheiro vídeo (ver Apêndice n.º 11). No menu Áudio clica-se na pista que se pretende recuperar (se for um vídeo musical, será a primeira).

Se a pista for Dolby Digital (AC-3), em Channel Format, selecciona-se Auto Select, em Dolby Digital o Dynamic Range Control será normal e por fim só falta escolher Demux. Se a pista for MPEG-1 Layer 2 (MP2), vai-se a MPEG Audio e clica-se em Demux (ver Apêndice n.º 12).

Este programa permite ainda converter a frequência de uma pista Dolby Digital ou PCM linear não comprimido em 44100Hz. No fim, guarda-se o projecto e inicia-se a conversão. h

 

3. Compressão e conversão vídeo

 

3.1. Comprimir um vídeo em Divx

As aquisições vídeo são realizadas em geral no formato AVI (MJPEG ou DV). Para converter um vídeo AVI (comprimido ou não) ou MPEG-1 no formato DIVX, o programa mais adequado será o VirtualDub.

No menu File, abre-se o vídeo a converter. VirtualDub cria duas janelas, uma de entrada vídeo e outra de saída vídeo. Clicando no botão Início (em baixo à esquerda), a janela da esquerda mostra o vídeo tal como foi capturado e a da direita mostra o resultado da conversão.

- Cortar uma sequência

Com a ajuda do cursor e dos botões Imagem Precedente e Imagem Seguinte, selecciona-se o início e o fim da sequência a suprimir. Uma barra azul indica a sequência seleccionada (ver Apêndice 13).

- Acrescentar uma sequência

O VirtualDub permite ligar sequências umas às outras. Depois de aberto o ficheiro a converter, vai-se a File, Append AVI segment… e selecciona-se o ficheiro a acrescentar. Este processo permite realizar um filme a partir de muitas sequências.

- Ajustamentos vídeo

As imagens provenientes do vídeo ou da televisão estão entrelaçadas. Para o verificar, selecciona-se uma cena de movimento como uma panorâmica rápida ou uma cena de acção. Se o vídeo está entrelaçado, nota-se o efeito de linhas na imagem. Antes de fazer qualquer modificação no vídeo, é preciso desenlaçá-lo. Para isso, selecciona-se Filters… no menu Vídeo, Add… e Deinterlace (se a lista dos filtros estiver vazia) (ver Apêndice 14). Depois é só verificar os efeitos do filtro em Cropping….

Outro ajustamento a fazer é o redimensionamento da imagem. Um vídeo PAL é capturado em 768x576 (ecrã inteiro), 640x480 ou 384x288 (um quarto do ecrã). Para a compressão em DIVX, é aconselhado o 640x480 para um vídeo de 45mn num CD ou 512x384 para 1h30. Para redimensionar o vídeo, selecciona-se Filters… no menu Vídeo, Add… e Resize (se não estiver na lista dos filtros). Entra-se a nova largura em New width e a nova altura em New height.

O ajustamento vídeo só termina com a selecção do codificador vídeo. Antes de proceder a esta operação, é preciso calcular o débito vídeo a utilizar durante a compressão, a partir da duração do vídeo e do tamanho do ficheiro final (geralmente o tamanho do suporte: CD, DVD…). O programa Advanced DIVX BitRate Calc! permite fazer isso. Selecciona-se a duração do vídeo em Input Length Vídeo (minutes), o débito áudio em Input Sound Rate e o tipo de CD-R usado em Input Space (MB). Em Set Video Divx Bitrate aparece o débito que terá de ser definido no Virtual Dub (ver Apêndice 15).

Ao voltar a este programa, selecciona-se Compression… no menu Vídeo, DIVX Codec 4.11, e Configure. Há vários parâmetros a ter em conta. Slowest em Performance/quality permite obter uma qualidade de vídeo melhorada após a compressão. Em Output vídeo bitstream at entra-se o débito adequado, indicado pelo programa Advanced Divx Bitrate Calc!. Em Maximum key frame interval, o ideal será introduzir o valor de 250. Por fim, há dois modos seleccionáveis: o modo 1-pass e o 2-pass. O modo 2-pass dá uma melhor qualidade de imagem. Em Two-pass encoding parameters, clica-se em Select… para modificar o nome ou a localização do ficheiro .log que irá conter informações do primeiro passo (ver Apêndice n.º 16).

- Ajustamentos áudio

No menu Áudio, selecciona-se Full processing mode, Compression…, MPEG Layer-3 ou Windows Media Áudio a 128Kbps (ver Apêndice n.º 17). Pode-se incluir uma banda sonora externa em Wav Áudio… no menu Áudio e ainda aumentar o volume em Volume…. Em Conversion… do menu Áudio selecciona-se a opção High Quality para optimizar a qualidade da conversão.

- Arranque da compressão

Selecciona-se Save as Avi… no menu File e Gravar. h

3.2. Comprimir um vídeo em MPEG

Pode-se comprimir um vídeo AVI, ASF ou ainda QuickTime nos formatos MPEG-1 ou MPEG-2. O objectivo é poder obter um vídeo para o suporte CD ou DVD: Vídeo CD para o MPEG-1, Super Vídeo CD ou DVD Vídeo para o MPEG-2. Assim, o suporte poderá ser lido no computador com um programa de leitura CD Vídeo / DVD Vídeo ou no leitor de DVD de sala, mais prático pois é independente do computador e permite visionar o vídeo no ecrã da televisão. Para efectuar essa operação, o programa mais adequado é o TMPGEnc.

No programa TMPGEnc, selecciona-se primeiro o ficheiro vídeo em Browse da rubrica Vídeo Source. A primeira imagem do vídeo aparece e o programa detecta automaticamente a pista áudio ao indicar o nome do ficheiro vídeo em Áudio Source. No entanto, pode-se alterar a pista áudio seleccionando outra em Browse. A opção System (Vídeo+Áudio) na rubrica Stream type deve já estar seleccionada.

- Ajustamentos para o MPEG-1 (Vídeo CD)

Clica-se em Load e escolhe-se o ficheiro VídeoCD (PAL) em Template (ver Apêndice n.º 18). Depois, em Setting, o melhor será optar por High quality (slow) no Motion search precision. Em Advanced, selecciona-se Non-interlace, mas se o vídeo estiver entrelaçado a opção deverá ser Interlace. As opções seguintes seleccionadas são Top field first (field A), 1:1 (VGA) e Full Screen (keep aspect ratio) (ver Apêndice n.º 19). Em Gop Structure, escolhe-se a opção Output bitstream for edit (Closed GOP) se o vídeo comprimido será depois editado num programa de montagem. A opção Detect Scene Change deve estar activada.

- Ajustamentos para o MPEG-2 (Super Vídeo CD e DVD Vídeo)

Clica-se em Load e selecciona-se o ficheiro SuperVideoCD (PAL) ou DVD (PAL) em Template. Se um desses ficheiros não está disponível, tem que ser criado. Depois, em Setting, Rate Control mode, escolhe-se VBR quando o débito é muito inferior a 2376Kbps para o Super Vídeo CD ou 5000Kbps para o DVD Vídeo. Se o vídeo está entrelaçado, escolhe-se Interlace em Encode Mode para manter o entrelaçamento (um vídeo entrelaçado demora muito tempo a ser comprimido e se o débito não for elevado a qualidade da imagem em cenas de movimento será menos boa). Se o modo CBR foi escolhido, é preciso entrar o débito calculado em Bitrate. Se foi o VBR, em Setting, entra-se o débito médio (o calculado), o débito máximo (2350 para o SVCD, 9000 para o DVD) e o mínimo (0, para que seja o programa a detectá-lo automaticamente). Depois, em Motion Search Precision, selecciona-se High quality (slow) (ver Apêndice n.º 20).

     Em Advanced, escolhe-se Interlace no Video source type se o vídeo está entrelaçado, Non-Interlace caso contrário. No Field order, a opção Top / Even field first (Field order A) permite manter o video entrelaçado e a opção Bottom / Odd field first (Field order B) permite desenlaçá-lo. Depois, selecciona-se o formato 1:1 (VGA) e no Video arrange Method a opção Full screen (keep aspect ratio). Se o que se pretende é desenlaçar o vídeo, escolhe-se Deinterlace (None).

     Em Gop structure, selecciona-se a opção Output bitstream for edit (Closed GOP) se o vídeo comprimido será depois editado num programa de montagem. A opção Detect Scene change mantém-se activada.

Em Quantize matrix, a opção Default é a escolhida. Output YUV data as Basic YCbCr not CCIR601 só é escolhida se o vídeo provier de uma máquina de filmar DV. Escolhem-se também as opções Use floating point DCT, No motion search for still picture part by half pixel e por fim Soften block noise, neste caso, só se o vídeo tiver muitas cenas rápidas (mas a qualidade de imagem baixa nos planos fixos) (ver Apêndice n.º 21).

- Arranque da compressão

Clica-se em Browse no Output file name e Gravar. Por fim, clica-se em Start.

          - Corte e fusão

          O programa permite cortar uma sequência demasiada volumosa em várias. Basta ir a File, MPEG Tools… e Merge & Cut. Em Type define-se o formato da sequência e em Add selecciona-se a sequência a cortar ou as sequências a fundir. No caso da sequência a cortar, clica-se no nome dela por baixo do File duas vezes ou clica-se em Edit, para a editar. Com as chavetas, definem-se os pontos de entrada e de saída. Por fim, ao voltar à janela anterior, em Browse, dá-se o nome da sequência final e clica-se em Run. h

3.3. Extrair um vídeo de um CD Vídeo

Os ficheiros MPEG destinados a um formato CD Vídeo (Vídeo CD, Super Vídeo CD) sofrem modificações por parte de um programa de authoring antes de serem gravados no suporte CD. Por isso, o mesmo ficheiro MPEG no disco rígido e no CD Vídeo têm tamanhos diferentes e até extensões de ficheiros diferentes (.mpg no disco rígido, .dat no Vídeo CD). Para recuperar um vídeo a partir de um desses dois formatos de CD Vídeo, é necessário extrair dos ficheiros gravados apenas o conteúdo vídeo, para que possam ser editados num programa de montagem. O programa IsoBuster é o mais adequado.

O processo é bastante simples: é só seleccionar o leitor CD-ROM/DVD-ROM que contém o Vídeo CD ou o Super Vídeo CD, clicar na pasta MPEGAV ou MPEG2, posicionar o cursor no ficheiro .dat ou .mpg, clicar com o botão direito do rato, escolher o comando Extrair mas FILTRAR apenas frames M2F2 Mpeg, nomear e localizar o destino do vídeo a criar e gravar (ver Apêndice n.º 22). h

3.4. Extrair um vídeo de um DVD Vídeo

Para converter um vídeo de um DVD Vídeo, é preciso primeiro efectuar um «rip» do DVD. O procedimento consiste em extrair os ficheiros vídeo do DVD para que sejam depois utilizáveis pelos programas de compressão/conversão vídeo. É possível seleccionar um vídeo específico de um DVD Vídeo e até mesmo uma parte do vídeo (teledisco, sequência de filme, parte de um concerto…) se essa função foi inicialmente prevista pelos autores do DVD Vídeo (com a criação de capítulos). Para «ripar» o vídeo de um DVD Vídeo, o programa utilizado será o SmartRipper.

- Autentificação

Depois de lançar o programa, SmartRipper comunica com o leitor de DVD-ROM e localiza cada ficheiro. É a fase da autentificação. Se a mensagem de erro aparece, deve-se fechar o programa, lançar um programa de leitura DVD e logo apareça o vídeo, fechá-lo e voltar a abrir o SmartRipper.

- Selecção do vídeo

Em princípio, o vídeo principal é seleccionado automaticamente (por exemplo Title 1 ? Program Chain 1 ? Angle 1) assim como todos os capítulos da lista. Podem ser seleccionados apenas alguns capítulos. Em Traitement des flux, escolhe-se a opção Activer Traitement des Flux para activar a lista dos fluxos. O fluxo 0xE0 representa o vídeo e deve ser seleccionado. Os fluxos 0x8x representam as pistas áudio e os fluxos 0x2x as legendas (ver Apêndice n.º 23). Caso deseja-se extrair a totalidade do DVD Vídeo ou de um outro vídeo (trailers, entrevista, filmagens dos bastidores…), clica-se em Fichiers. Uma lista permite seleccionar individualmente cada ficheiro que o DVD contém. O título 1 corresponde aos ficheiros começando por VTS_01, para o título 2 os ficheiros começam por VTS_02, e assim de seguida.

- O «rip»

Falta seleccionar a pasta de destino, em Destination. Depois é só gravar e clicar em Démarrer, por baixo do botão Paramètres. h

3.5. Converter um DVD Vídeo em DIVX

O procedimento consiste em converter um vídeo proveniente de um DVD Vídeo no formato DIVX, com o objectivo de realizar uma mistura das suas cenas preferidas ou simplesmente de visionar os vídeos num computador que não tenha leitor de DVD-ROM. O programa mais indicado para esta tarefa é o Vidomi. Este procedimento supõe que o conteúdo do DVD Vídeo já foi transferido para o disco rígido, com a ajuda do SmartRipper (ver 3.4.).

- Parâmetros das opções gerais

Se o Vidomi arranque no modo Player, deve clicar-se em Mode para ir para o modo Encoder. Aí selecciona-se a opção Opções Gerais em Options e Configurações Originais. Depois é só escolher a opção .avi na lista Todos os Ficheiros com a Extensão (ver Apêndice n.º 24).

- Abertura dos ficheiros de origem

Clica-se no botão +, escolhe-se Lst Files e posiciona-se o rato na pasta onde estão os ficheiros do DVD copiados (pelo SmartRipper por exemplo). Clica-se no ficheiro Vts_xx.lst (ficheiro que contém a lista dos nomes dos ficheiros do vídeo) e Abrir (ver Apêndice n.º 25).

- Selecção do ficheiro de destino

Clica-se no botão da seta para baixo e selecciona-se o nome do ficheiro e a pasta do destino. Depois clica-se em Guardar.

- Parâmetros das opções áudio

Na rubrica Configurações Áudio em Options, Opções de Áudio, escolhe-se a opção Processar Áudio. Selecciona-se depois na lista Normalizar usando 2 Passos. No Normalizar Áudio para, o valor deverá ser de 98. Escolhem-se as opções Usar Lame para Codificar e Limitar o Lame para Samplerates / Bitrates de Mpeg 1. Na rubrica Definições do Canal de Áudio, deixa-se a opção Canal de Saída em 1. O idioma deve ser seleccionado em Trilha de Áudio. Depois, só falta escolher as opções Bitrate Constante em Modo de Codificação, 112Kbps ou 128Kbps em Mínimo Bitrate Lame, Dois Canais em Tipo de Codificação e 44100Hz em Frequência de Saída (ver Apêndice n.º 26).

- Parâmetros das opções vídeo

Em Opções de Vídeo no menu Options, escolhem-se as opções Bordas, Desjuntar (Deinterlace) (se o vídeo está entrelaçado), Escala Automática, Escala em Pixels para redimensionar a imagem ou Sem Escala para conservar o tamanho original (o tamanho ideal é de 640x480 para uma hora de filme, 512x384 para 1h30 e 384x288 para 2 horas). Escolhem-se também as opções HQ Bicubic e Forçar Ficheiro final a ser múltiplo de 16 (no caso de redimensionamento). Nas Configurações do Codec de Vídeo, o modo Normal Two Pass Codec (Two Pass) dá melhores resultados mas o processo é mais demorado. Em Codificar o Espaço da Cor selecciona-se a opção YV12 (Mais Rápido) (ver Apêndice n.º 27).

- Escolha do tamanho dos CD-R’s utilizados

Em Options, Output Size Options selecciona-se o tamanho dos CD-R’s utilizados.

- Arranque da conversão

É só clicar em Start Encoding. h

3.6. Converter um DVD Vídeo em CD Vídeo

Para converter um DVD Vídeo em (Super) Vídeo CD, o programa utilizado será o DVDx. Este programa permite comprimir o conteúdo de um DVD Vídeo num ficheiro MPEG-1 ou MPEG-2, contendo o vídeo e a pista áudio, sem passar pela fase do «rip». Todavia, é sempre melhor copiar primeiro o DVD Vídeo no disco rígido (com a ajuda do SmartRipper por exemplo, ver 2.3.4.) do que efectuar directamente este processo (podem surgir erros de leitura).

- Abertura dos ficheiros de origem

Clica-se em File, Open IFO, entra-se na pasta que contém os ficheiros «ripados» e clica-se em Vts_xx_0.ifo e abrir.

- Parâmetros de entrada

Selecciona-se o vídeo no Índex, e Angle 1 que contém geralmente o vídeo principal. Escolhem-se Use ASPI e Each VOB ID em Key Search. Entra-se o valor de 10 em Size (MB) e escolhe-se RAM em Location. Quanto ao som, selecciona-se em Track o idioma, um valor entre 1 e 3 para aumentar o volume. Escolhe-se o idioma da legenda, Original Colors para manter a cor original e deixa-se o valor 0 em Offset (pixel) (aumentando o valor, desce-se a legenda para baixo). A seguir, selecciona-se no Output 25.0 (PAL), não se seleccionam as opções Detect Progr. 24Hz (só se o DVD Vídeo for de Zona 1) e Force 24Hz. Se o vídeo está entrelaçado, pode-se desenlaçá-lo escolhendo Interpolate no Deinterlace Filter. Selecciona-se MMX (Fastest) em IDCT (ou FPUT (Best Quality) mas neste caso a melhoria da imagem traduz-se pelo aumento da duração da conversão) e escolhe-se 0 para definir o Overlap (sec). Depois, escolhe-se a opção Áudio / Vídeo synchronisation e Ok (ver Apêndice n.º 28).

- Parâmetros de saída

Deve-se ir a Settings e Output Setting. Selecciona-se o tipo de CD Vídeo a criar, sob a rubrica MPEG Specific, 224 no Áudio Bit rate e Normal (Fast) no Motion Search (Good melhora a qualidade mas torna o processo mais lento). Em Calculation, selecciona-se MMX se o processador for Intel (Celeron, Pentium) ou MMX+3DNow para um AMD (K6, Athlon…). No DCT/iDCT escolhe-se MMX (fastest). No Zoom, escolhe-se None (Letter Box 4/3) ou Médium (4/3) se o vídeo está no formato 16/9 ou Full (16/9 or 4/3 input) se está no formato 4/3. O filtro a escolher depende do processador. No Resize Filter, escolhe-se SSE BiCubic para um processador recente (Intel Pentium III, Pentium 4; AMD K7, Athlon, Duron, Thunderbird) ou MMX Bilinear para os processadores mais antigos (Intel Pentium II, Celeron, AMD K6). Depois clica-se em Custom Chapters no Volume Don’t Exceed e clica-se em Settings. Aí, seleccionam-se os capítulos e criam-se volumes (ex. Um volume 1 para os 8 primeiros capítulos, um volume 2 para os 8 seguintes…) e clica-se em Dismiss. Em MPEG Specific, determina-se o vídeo Bit rate. Este é escolhido correctamente se o tamanho de cada volume não ultrapassa a capacidade do CD-R. No Render every 0=none, um valor de 25 permite visualizar a conversão, todas as 25 imagens. No fim, verifica-se a compatibilidade clicando em Check Standard (ver Apêndice n.º 29).

- Selecção do destino

Selecciona-se o nome do ficheiro e a pasta de destino em Select Output. Depois, é só lançar a conversão clicando no Encode. h

ANEXO 1

OS FORMATOS ÁUDIO

FORMATO

EXTENSÃO

COMPRESSÃO

DÉBITO (Kbps)

USO

PCM

wav

não

-

Gravação profissional, arquivamento de alta qualidade, CD Áudio (leitor CD e leitor DVD)

MP2

mp2

sim

32 a 384

Rádio e televisão digital, CD Vídeo (Vídeo CD, SVCD)

MP3

mp3

sim

32 a 320

Arquivamento, Internet, leitor áudio mp3, leitor DVD

Mp3PRO

mp3

sim

32 a 96

Arquivamento, Internet, leitor áudio mp3Pro

WMA

wma

sim

48 a 192

Arquivamento, Internet, leitor áudio mp3, leitor DVD (brevemente)

OggVorbis

ogg

sim

64 a 350

Arquivamento, Internet

TwinVQ

vqf

sim

80 a 96

Arquivamento, Internet

Monkey’s Audio

ape

não há perdas

-

Arquivamento de alta qualidade

Real Audio

ra

sim

28 a 512

Internet

Dolby Digital

ac3

sim

192 a 448

DVD Vídeo

h

ANEXO 2

OS FORMATOS VÍDEO

FORMATO

EXTENSÃO

COMPRESSÃO

USO

Lossless

avi

sem perdas

Captura vídeo, arquivamento temporário

Indeo

avi

sim

Captura vídeo

MJPEG

avi

sim

Captura vídeo, montagem

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Arquivamento, Vídeo CD, Internet

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Arquivamento, televisão digital, DVD Vídeo e SVCD

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Arquivamento, vídeo no computador

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