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SUMIDOURO

Brasil 500 anos
leia o nosso editorial

A história do nascimento de Sumidouro ainda é um pouco obscura. A ausência de documentos abre um largo campo para inúmeras hipóteses. Mas se quizermos simplificar as coisas podemos dizer que Sumidouro nasceu do contrabando do ouro e cresceu com o cultivo do café. No século XVIII os mineiros que queriam escoar metais e pedras preciosas, sem pagar impostos, utilizavam trilhas que passavam pelo vale do Paquequer. Os pequenos povoados que se ergueram ao longo desta trilha vão constituir os primeiros núcleos de ocupação que descobrirão na agricultura (mais tarde cafeeira) por causa do declinio das " minas gerais ", uma alternativa econômica. Em 1822 é mencionada nos arquivos a construção de uma capela destinada ao culto de Nossa Senhora da Conceição, à margem direita do Paquequer e próxima a um grande sumidouro de àguas.

Esta vila é elevada à condição de Curato e submetida a Cantagalo até 1843. Neste ano o povoado é elevado a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer e anexada a Nova Friburgo. Entre este ano e 1881, Sumidouro estará no auge de sua produção cafeeira, com o estabelecimento de várias fazendas que utilizarão a mão de obra escrava.

A estrada de ferro chega a Sumidouro oito anos depois da anexação da freguesia ao município do Carmo, em outubro de 1889. Já fazia um ano que a escravidão estava abolida no Brasil e a República seria proclamada um mês depois.

No 10 de junho de 1890, o Dr. Francisco Portella, governador do Estado do Rio de Janeiro, decreta a criação do município de Sumidouro, até então ligado ao Carmo.

Este resumo é muito resumido, mas se quizerem saber mais leiam os livros de história, em particular o ensaio entitulado " Sumidouro ", de Luiz Henrique da SILVA, publicado em 1990. Vejam a rúbrica Bibliografia.

PARA SABER MAIS

O HINO

O BRASÃO

O NOME

A CRIAÇÃO

A BIBLIOGRAFIA

BIOGRAFIAS

DESTRUIÇÃO DO PASSADO

No Brasil em geral, e em Sumidouro em particular, a conservação do patrimônio histórico não desperta o interêsse dos habitantes. Várias construções já foram destruidas por ignorância ou descaso e muitas estão em vias de destruição pelos mesmos motivos.

Um exemplo típico é a Capela do Nosso Senhor dos Passos que por ignorância foi "restaurada" destruindo o seu aspecto inicial. O pior neste tipo de "restauração" é que êle recolhe elogios de uma parte da população que considera o aspecto "restaurado" como "charmoso", "romântico", etc.

No caso da Capela do Nosso Senhor dos Passos (como da Igreja Matriz) o reboco serve de proteção contra a erosão pluvial e a lixiviação da argamassa que possui uma composição diferente da usada hoje em dia, pois ela é feita sem cimento e é especifica para paredes feitas com pedras de alvenaria irregulares. Esta técnica foi desenvolvida há cerca de mil anos atrás e, na Europa, muita igrejas construidas no século X ainda estão de pé porque o reboco nunca foi retirado. Pela primeira vez em 124 anos as paredes da Capelinha estarão desprotegidas diante das chuvas de verão e do clima "tropical chuvoso" de Sumidouro.

Seria bom se as pessoas que aprovam este tipo de "restauração" se perguntem por que a cidade de Sumidouro foi construida onde está, ou por que havia um reboco caiado de branco na Capelinha, ou por que a sua porta era pintada de verde. Na resposta a estas questões elas descobririam o valor do que nossos antepassados nos legaram.

O município vizinho do Carmo (ao qual Sumidouro estava ligado há cento e dez anos atrás) tem 35 anos de avanço comparado a Sumidouro pois a Igreja de Nossa Senhora do Carmo foi tombada no 23 de Janeiro de 1964.

Aspecto atual da Capela do Nosso Senhor dos Passos após a "restauração" (foto: Celso Machado). Para ver o aspecto original da Capela clique sobre a foto acima.